sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Poema Liberdade - Fernando Pessoa

LIBERDADE - FERNANDO PESSOA

LIBERDADE
Ai que prazer não cumprir um dever.
Ter um livro para ler e não o fazer!
Ler é maçada,estudar é nada.
O sol doira sem literatura.

O rio corre bem ou mal,sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papeis pintados com tinta.

Estudar é uma coisa em que está indistinta.
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Abaixo Assinado

Excelentíssimo Senhor Prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda .


Nós, alunos do 8º ano A, do Colégio São Paulo, pedimos encarecidamente um posicionamento do governo com relação às questões que vêm nos preocupando como o abandono de crianças que vem se tornando constantes e a pobreza e fome vem se agravando a muito tempo. Pedimos que a V.Exª que tome algumas atitudes criando creches, praças e centros esportivos, urbanizando as periferias e criação de fundações para tirarem essas crianças das ruas, educá-las e mostrar a elas um futuro promissor.

Desde já, obrigada.
Atenciosamente:

....(nomes)....

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Poema .

Ser diferente .

o menino negro não entrou na roda
das crianças - as crianças brancas
que brincavam numa roda viva
das canções festivas, gargalhadas francas...

o menino negro não entrou na roda.

e chegou o vento junto das crianças
- e bailou com elas e cantou com elas
as canções e danças das suaves brisas,
as canções e danças das brutas procelas.

o menino negro não entrou na roda.

e chegou o vento junto das crianças
- e bailou com elas e cantou com elas
as canções e danças das suaves brisas,
as canções e danças das brutas procelas.

o menino não entrou na roda.

pássaros, em bando, voaram chilreando
sobre as cabecinhas lindas dos meninos
e pousaram todos em redor. por fim,
bailaram seus voos, cantando seus hinos...

o menino negro não entrou an roda.

"venha cá, pretinho, venha cá brincar"
- disse um dos meninos com seu ar feliz.
a mamã, zelosa, logo fez reparo;
o menino branco já não quis, não quis...

o menino negro não entrou na roda.

o menino negro não entrou na roda
das crianças brancas. desolado, absorto,
ficou só, parado com olhar cego,
ficou só, calado com voz de morto.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Projeto Sorriso Solidário.


Lala.







O cão dos Baskervilles .

Desde que cheguei em Devonshire, venho intrigado com o caso do Cão dos Baskerville. A lenda conta que Hugo Baskerville era apaixonado por uma donzela. Ele a leva para sua mansão e a tranca em um cômodo, enquanto se embebeda com seus amigos. A moça se aproveita do momento de distração para fugir. Quando a fuga é descoberta Hugo sai a caça da donzela prometendo, caso encontrá-la, entregar sua alma e seu corpo às forças do mal. Quando seus amigos percebem o perigo que poderia acontecer, saem em busca dos dois, e se deparam com uma cena infernal: Hugo e a moça mortos, com um cão dilacerando o corpo de Hugo.


Essa lenda, permaneceu na família por muito tempo, deixando uma grande dúvida sobre a forma de como Charles morreu: naturalmente ou foi a maldição do cão.


Então, Sherlock Holmes me enviou para Devonshire como acompanhante de Henry Baskerville, para tentar desvendar o mistério do cão dos Baskervilles. Lá conheci várias pessoas, como os Staplentons. O Jack Staplenton e sua suposta irmã, que mais tarde descobrimos que era sua esposa: Beryl Staplenton. O Jack Staplenton me contou que algumas pessoas já tinham visto o tal cão; quando ouvimos um grito vindo do pântano, ele disse que muitos acreditavam que era o cão da lenda dos Baskerville.


À noite, quando estávamos na mansão, eu e Henry Baskerville, ouvimos passos no corredor, e resolvemos investigar. Vimos Barymore com uma vela acesa apontando para o pântano, logo Henry fez questão de saber o que estava acontecendo. Então, o mordomo explicou que o bandido foragido Serdem era o irmão de sua mulher, e que os dois o ajudavam servindo-lhe roupas e alimentos, e com a vela ele mostrava para Serdem onde as mesmas se localizavam.


Mas eu e Henry não achamos certo que um perigoso criminoso ficasse solto e resolvemos e 'caçá-lo no pântano. Armados, nós fomos para dentro do pântano e começamos a persegui-lo, mas ele conhecia o pântano muito bem, e conseguiu escapar. Quando estávamos voltando, acistei um homem no alto de um morro, mas não consegui reconhecê-lo, quando fui mostrá-lo para Henry, o homem misterioso sumiu.


No dia seguinte, resolvi descobrir quem era esse homem misterioso, entrei no pântano e fiquei rondando até encontrar uma cabana, entrei e resolvi me esconder para esperar a chegada do seu morador.


Mas tive uma surpresa ao descubrir quem era: Sherlock Holmes! Então Holmes logo tratou de me explicar o que estava acontecendo: ele estava escondido ali para poder ter perspectivas diferentes das minhas, diante dos fatos. Pois caso estivessemos juntos não teriamos tais pistas. Sherlock me contou tudo o que sabia até agora. Ele disse que descobriu que Stapleton era na verdade um Baskerville, cujo pai foi afastado da família. Holmes desconfiava de Stapleton, pois caso Henry morresse, ele seria o único herdeiro de toda a fortuna dos Baskerville.



Foi quando ouvimos terriveis gritos vindo do pântano, corremos até lá, e vimos uma pessoa insangrentada e morta pelo cão no chão. Como o cadáver estava com o terno de Henry, pensamos que fosse ele, mas ao ver o rosto do morto vimos que se tratava de Seldem, o bandido. Logo Stapleton apareceu para averiguar se realemnte era Henry que tinha morrido, mas ao ver que não era ele, tento esconder seu desapontamento, sem muito sucesso. Holmes e eu tentamos agir como se não desconfiassemos de nada.



Voltamos para a mansão, fizemos nosso plano de ação. Esperamos amanhecer para executá-lo.

Dissemos para Henry que iriamos para Londres e voltariamos em breve, e para ele ir jantar na casa de Stapleton, e dizer para que eles que nós viajamos e que ele (Henry) iria voltar para casa sozinho e pelo pântano. Henry não gostou muito, mas concordou.



No dia seguinte, eu e Holmes fingimos que tínhamos ido para Londres. Henry foi jantar na casa dos Stapleton. Enquanto eu, Holmes, e o policial estávamos os espionando, Stapleton saiu da casa, abriu a porta de uma casinha, e foi embora. No final do jantar, quando Henry saiu da casa, um poderoso cão, que tinha um tamanho de um jovem leão, de cujo o pelo, olhos, e boca saiam labaredas de fogo, pulou em cima de Henry. Na mesma hora descarregamos nossas armas, atirando no cão. Foi aí que percebemos que ele era mortal. O cão dos Baskerville estava morto. Eu encostei no seu pelo, e na minha mão saiu uma mistura de fósforo: que era o que fazia o cão brilhar no escuro.



E foi ai que realmente voltamos para Londres, com mais um caso resolvido.